Baile de Finalistas

“Que agitação!” – pensava eu. Nunca tinha pensado que os alunos do 9ºano ficassem assim por causa do Baile, sempre pensei que não ligassem nenhuma àquele momento e que para eles seria um dia como os outros, mas não. Estavam todos tão diferentes!
Todas as turmas estavam ansiosas por aquele momento, por aquelas horas, que nunca mais seriam esquecidas…
Logo pela manhã, vi que estavam diferentes, trocavam ideias sobre o que haviam de levar vestido, maravilhavam-se por poderem participar naquele momento que nunca mais esqueceriam.
É então que chega o momento mais esperado por todos: a hora de ir para o baile.
Quando lá cheguei vi como todos estavam contentes, mas logo a seguir pensei que não seria tudo tão divertido, pois talvez seria a última vez que iria ver muitos dos meus colegas. Foi então que decidi não pensar mais no assunto pelo menos por algum tempo, também não foi difícil abandonar aquele pensamento, pois todo aquele cenário de alegria e de festa envolvia todos aqueles que estavam presentes.
Foi tão bom ver a minha e as outras turmas a brincar, mas é claro que prestei mais atenção à minha turma porque queria guardar no meu coração aqueles bons momentos. Depois de algum tempo, fomos comer uns aperitivos e, seguiu-se então as surpresas que cada uma das turmas do 9ºano havia preparado.
Infelizmente, não posso dizer que correu tudo lá muito bem. Digamos que o 9ºB “meteu o pé na poça” e, é por isso que me sinto na obrigação de pedir desculpas à professora que foi “vítima” da nossa surpresa, mas a nossa turma não queria que ninguém ficasse zangado. A verdade é que o jogo não correu como estava previsto e por isso peço novamente desculpas não só à professora, mas a todos.
“Muito bom!” – é o que achei das surpresas do 9º A e do 9ºC. Estas duas turmas deram asas à imaginação, ou seja, voaram mais alto!
De seguida, vimos o vídeo do Gerês. Foi muito bom, recordar todos aqueles momentos: as brincadeiras, os sorrisos, a alegria… ao ver aquelas fotografias foi como se o tempo tivesse recuado. E lá estava eu, a caminhar, a sorrir, a conviver, a … aprender a viver! É então que quando o vídeo termina, acordo do meu pequeno sonho que nunca mais esquecerei!
De repente, o facto de talvez ser o último dia que iria ver os meus amigos (quando falo dos meus “amigos” estou a falar dos professores, alunos, …, pois todos eles fazem parte do meu pequeno mundo. Mundo este, onde aprendo a viver sempre que vejo um sorriso, sempre que…). Como ia dizendo, o facto de talvez ser o último dia que iria ver os meus amigos, assombrava novamente o meu pensamento. Eu tentava dizer não, mas não conseguia. O tempo seguia o seu rumo: um segundo, um minuto, uma hora… e eu não podia fazer nada!
Partimos o bolo e, é então que chega o momento que eu receava: a despedida. Em meu redor, praticamente só via alunos a chorar. Eu falava com os meus colegas e com os professores, despedia-me deles (por enquanto espero eu) e, tentava não dizer “adeus”.
Não sei porquê, mas essa palavra transmite-me tristeza e, o fim, e algo que nunca mais vamos ver…Lá estava eu, a tentar ser “forte”, mas a verdade é que estava muito triste… infelizmente tem de ser assim. Passei mais de metade do tempo em que frequentei esta escola, a tentar crescer, mas agora… agora arrependo-me disso e, aproveito o pouco tempo que me resta para estar com os meus amigos. Vocês já devem estar a pensar que vou morrer quando digo “o pouco tempo que me resta”… de certa forma sim. Vou morrer um bocadinho por dentro…
Estava a chegar à hora de me ir embora, é então que olho uma última vez para aqueles que ainda estão presentes e, …choro, não por incrível que pareça, sorrio…pois sei que nunca os esquecerei!!!

PS: Dou os meus parabéns a todos os professores do 9ºB, pois ao longo do ano nos ensinaram a crescer, a viver, a … voar mais alto…
Vocês pensavam que eu me esquecia de vocês, não era?! Não se preocupem, pois vocês são inesquecíveis e fizeram um trabalho fantástico! Obrigada a todos! Mas, atenção! Se pensavam que se iam “ver livres” do 9ºB enganam-se, pois qualquer dia fazemos um encontro ou quiçá uma visita ao Gerês de antigos alunos. Mas desta vez vão todos os professores, ok? O professor Ricardo (de EMRC) se estiver a ler isto, também já deve estar a pensar que me tinha esquecido dele, mas isso é impossível! Quem é que se esquece da sua boa disposição, das suas brincadeiras, do seu sorriso… é claro que ninguém! Também dou os parabéns a todos os alunos mais novos que nos deram muito apoio, ao contrário do que eu estava à espera…
Por fim, resta-me pedir um favor. Peço a quem ler isto que transmita a mensagem aos professores do 9ºB, aos alunos mais novos, enfim a todos aqueles que fazem parte da Escola EB 2, 3 de Lijó! Só mais uma “coisinha”… se vocês pensavam que se iam ver “livres de mim” enganam-se! (Aposto que já estão a dizer: “O que é que esta chata quer dizer com isto? Nunca mais se vai embora…) Pensavam que por eu ir para outra escola, vos ia deixar, não era?! Podem ter a certeza que vou aparecer muitas vezes!
Ops! O texto ficou muito grande…Agora ninguém o vai ler. Paciência! Vocês já sabem que quando começo a escrever, ninguém me pára!
Não o queria dizer, pois vocês sabem que me custa, mas... ADEUS!

Vida sim! Morte não!

O último teste de Língua Portuguesa pedia para darmos a nossa opinião sobre pena de morte. Foi então que escrevi este texto.
Na minha opinião, a pena de morte nunca deveria ter existido, contudo ainda hoje há países onde está não foi abolida como é o caso de algumas regiões dos Estados Unidos da América.
Felizmente, a ONU tem-se empenhado na luta pelos direitos do Homem, contribuindo assim para a abolição da pena de morte e, outras leis que interferem no direito à vida que todos os cidadãos têm.
Além disso, ninguém tem o direito de tirar a vida a outra pessoa, apesar desta ter feito actos, cruéis, desumanos… seja lá o que for.
Todavia ainda hoje existem pessoas que acham que devem os outros devem ser castigados pelos seus actos e a única solução possível para castigar essas pessoas é a morte.
Julgo que isso é desumano e lastimável acontecer nos nossos dias, pois estamos perante uma sociedade muito evoluída a nível tecnológico, mas a nível social… enfim nem é necessário dizer nada. O nosso silêncio e o que vemos à nossa volta diz tudo! Todos os dias, vemos pessoas na televisão a serem discriminadas, maltratadas…
É certo que as pessoas devem ser julgadas pelos actos que cometem. Se não fosse assim todos os dias víamos milhares de assaltos, homicídios, tiroteios… (não é que isto não aconteça agora, mas seria cada vez mais frequente e em maior número).
Mas será que mantê-los presos à vida não será o melhor castigo possível?
Penso que sim, pois a pessoa terá de conviver com os seus erros para o resto da sua vida e, eu acredito que no fundo, lá bem no fundo do coração dessas pessoas há uma criança que se tenta arrepender e que tenta mudar!

E tu o que achas da pena de morte? Ainda achas que é o único castigo possível para algumas pessoas? Vamos lá, dá a tua opinião.

Voa + alto!

Esta talvez será a última vez que coloco alguma coisa no blog. Não fiquem tristes! Só vou fazer uma pausa, mas espero que tenham gostado da minha participação no blog! Pode ser que daqui a pouco tempo coloque mais algum artigo, mas por agora...
Gostei de ler os vossos comentários, é sempre bom saber a opinião dos outros e saber que há pessoas que gostam do que fazemos!
A todos, obrigada!!! Até um dia!

Quando o Sol desapareceu...

Ontem, dia 5 de Junho de 2006, pensava que seria um dia como todos os outros: acordar de manhã cedo para ir para a escola, depois de tarde regressava a casa…, mas foi um dia muito diferente e, infelizmente péssimo!
Quando ia no autocarro no percurso escola-casa, apercebi-me que algo não estava a bater certo: não se via o Sol, brilhante e belo, típico dos dias de Verão, mas sim em vez dele deparei-me com uma bola laranja, rodeada de fumo, que parecia lançar chamas… Naquele preciso momento vi logo que estava a acontecer algo de normal. À medida que me aproximava de casa, o fumo era cada vez mais intenso e começava a ver as grandes chamas a devorar tudo por onde passavam…
Quando saí do autocarro, foi um desespero! Muitos dos meus amigos desataram a chorar, a gritar, tal era o cenário que viam à sua frente. Eu não queria acreditar e pensei: “Como pode acontecer isto?”. Aquilo que via à minha volta era desolador: estava tudo arder, as pessoas gritavam, enfim não é preciso explicar muito…
Fui andado até casa… mal coloquei o pé no primeiro degrau, ouvi o barulho das chamas a fustigar tudo o que se encontrava em redor, as pessoas a pedir ajuda, enfim é de lamentar que isto aconteça. “ Como quer Portugal ser um país desenvolvido, se não preserva o bem mais precioso que existe à face da Terra?” É óbvio que estou a falar do ambiente, paisagens,...
Sai de casa, andei mais um pouco e, … lá estava eu, frente a frente com as chamas. Quando cheguei não estava nenhum bombeiro naquele local… torno a dizer que isto é lamentável e, não pode continuar assim! Eu não podia fazer nada, limitava-me apenas a tentar acalmar as pessoas, a dar-lhes algo para beber…
Já quase não conseguia abrir os olhos, tal era o fumo e a ardência que os meus olhos tinham. Caiu uma lágrima dos meus olhos, era inevitável, eu bem tentava estar ali forte e calma, mas… Entretanto chegam os bombeiros.
Agora, são 21:58 e, olho pela janela do meu quarto e, vejo mais e mais bombeiros a passar, o fumo a não desaparecer, mas sim a aumentar… e é então que penso: “Quando é que isto vai acabar?”.

‘Tava aqui a falar e, ainda não estudei nada para o teste de matemática de amanhã, vou tentar estudar daqui a pouco. Mas agora a falar a sério pessoal, temos de fazer qualquer coisa! Qualquer dia ainda reúno um grupo e vou plantar umas árvores para ver se isto muda de rumo!