Quando o Sol desapareceu...

Ontem, dia 5 de Junho de 2006, pensava que seria um dia como todos os outros: acordar de manhã cedo para ir para a escola, depois de tarde regressava a casa…, mas foi um dia muito diferente e, infelizmente péssimo!
Quando ia no autocarro no percurso escola-casa, apercebi-me que algo não estava a bater certo: não se via o Sol, brilhante e belo, típico dos dias de Verão, mas sim em vez dele deparei-me com uma bola laranja, rodeada de fumo, que parecia lançar chamas… Naquele preciso momento vi logo que estava a acontecer algo de normal. À medida que me aproximava de casa, o fumo era cada vez mais intenso e começava a ver as grandes chamas a devorar tudo por onde passavam…
Quando saí do autocarro, foi um desespero! Muitos dos meus amigos desataram a chorar, a gritar, tal era o cenário que viam à sua frente. Eu não queria acreditar e pensei: “Como pode acontecer isto?”. Aquilo que via à minha volta era desolador: estava tudo arder, as pessoas gritavam, enfim não é preciso explicar muito…
Fui andado até casa… mal coloquei o pé no primeiro degrau, ouvi o barulho das chamas a fustigar tudo o que se encontrava em redor, as pessoas a pedir ajuda, enfim é de lamentar que isto aconteça. “ Como quer Portugal ser um país desenvolvido, se não preserva o bem mais precioso que existe à face da Terra?” É óbvio que estou a falar do ambiente, paisagens,...
Sai de casa, andei mais um pouco e, … lá estava eu, frente a frente com as chamas. Quando cheguei não estava nenhum bombeiro naquele local… torno a dizer que isto é lamentável e, não pode continuar assim! Eu não podia fazer nada, limitava-me apenas a tentar acalmar as pessoas, a dar-lhes algo para beber…
Já quase não conseguia abrir os olhos, tal era o fumo e a ardência que os meus olhos tinham. Caiu uma lágrima dos meus olhos, era inevitável, eu bem tentava estar ali forte e calma, mas… Entretanto chegam os bombeiros.
Agora, são 21:58 e, olho pela janela do meu quarto e, vejo mais e mais bombeiros a passar, o fumo a não desaparecer, mas sim a aumentar… e é então que penso: “Quando é que isto vai acabar?”.

‘Tava aqui a falar e, ainda não estudei nada para o teste de matemática de amanhã, vou tentar estudar daqui a pouco. Mas agora a falar a sério pessoal, temos de fazer qualquer coisa! Qualquer dia ainda reúno um grupo e vou plantar umas árvores para ver se isto muda de rumo!