quarta-feira, setembro 27, 2006

Dia 18 de Julho de 2006

Já passaram 25 dias, 600 horas, 36000 minutos, 2160000 segundos… desde o último dia de aulas. Mas será que devo dizer que passou muito tempo desde o último dia de aulas? Acho que não. Devo sim dizer que já passou muito tempo desde o último dia em que estive com todos os meus colegas. Como o tempo voa! Naquele dia, que por acaso coincidiu com o exame de matemática e com o último dia de aulas, todos se riam quando viam as fotografias dos BI dos colegas, faziam brincadeiras, trocavam dúvidas, tentavam descontrair…
Hoje, (dia 18 de Julho de 2006) não sei o que estarão a fazer. A verdade é que não faço a mínima ideia do que se passa na vida dos meus colegas. Talvez alguma das minhas amigas já tenha conhecido aquela pessoa especial, outra já tenha comprado o anel que tanto gostava, outra… Mas a verdade é que não sei nada. Sobre os rapazes da minha turma…então é que nem vale a pena falar. Para mim encontram-se “desaparecidos”.
“Da minha turma”… Deveria ter dito da minha antiga turma? É claro que não, pois aquela será sempre a minha turma. É tão engraçado relembrar as brincadeiras que fazíamos todos juntos dentro e fora da sala de aula. Acho que nós não sabíamos distinguir quando as podíamos ou não fazer. Até não sei como é que os nossos professores nos “aguentaram” durante estes anos.
Na aula de história, “a melga de serviço” era o Fábio. Falava, falava, falava… e como é óbvio não se calava.
Na aula de inglês, não havia “uma melga de serviço”, mas sim muitas (praticamente toda a turma, excepto 2 ou 3 alunos).
Não sei como, mas a verdade é que nós éramos uns autênticos diabinhos.
Pronto, chegámos à aula de Formação Cívica, e lá começavam “os sermões” porque A não tinha feito os trabalhos de casa, B tinha partido um vidro, C tinha empurrado uns alunos mais novos, X…, Y… Já devem estar a pensar que nós éramos insuportáveis. Mas não é bem assim. A nossa turma podia ter muitos defeitos e quando comparada com as outras turmas do 9ºano, ser a pior, mas tenho a certeza que os professores vão sentir e muito a nossa falta. Podíamos ter um talento especial para arranjar sarilhos, mas também sabíamos surpreender os professores pela positiva. Agora vou voltar a falar do assunto que me levou a escrever este texto. Como eu ia dizendo, já não sei o que se passa na vida dos meus colegas e, esse facto entristece-me pois antes das aulas terminarem, combinámos fazer vários encontros, mas até agora nada… e pensava eu que o 9ºB era uma excepção à regra, pois quando o 9ºano termina cada aluno segue o seu rumo e esquece tudo o que deixou, incluindo os amigos. Pensava que o 9ºB, ia continuar a ser o 9ºB, mas parece que me enganei. É desta forma, observo não um, mas o grande defeito da nossa turma…não vou dizer qual é, pois se conheceste o 9ºB já deves saber o que é.
Estou quase a terminar, só me falta dizer mais “uma coisinha”.
Estou cheia de saudades dos meus amigos (não só dos alunos do 9ºB, mas também das outras turmas), das aulas, dos professores, enfim de tudo e mais alguma coisa.